O Caldas não foi além de um empate sem golos na recepção ao Benfica e Castelo Branco, num resultado que acaba por se aceitar, tendo em conta que ambas as equipas partilharam várias oportunidades para marcar, num jogo sempre muito combativo.
O jogo começou equilibrado, com ambas as equipas a mostrarem que só tinham a vitória no pensamento, pelo que não foi de estranhar que a bola tivesse rondado ambas as balizas nos minutos iniciais.
Apesar de tudo, os lances de real perigo escasseavam e só a meio da primeira parte é que o Benfica e Castelo Branco ameaçou o golo quando André Cunha cruzou do lado direito para a cabeça de João Vasco, mas o remate do avançado foi à figura.
Até ao intervalo, o jogo tornou-se muito combativo, com ligeiro ascendente dos albicastrense perante um Caldas abnegado, mas pouco objectivo.
Na segunda parte, o Caldas começou desde cedo a deixar um aviso. Após grande passe de André Simões, Ednilson ficou em boa posição, mas o remate do avançado saiu desenquadrado quando podia ter feito bem melhor.
Os albicastrenses tentaram reagir, mas foi novamente a equipa da casa a ameaçar com Pedro Eira a impedir que Rafael Silveira abrisse o activo após excelente trabalho individual do avançado brasileiro. Aliás, o central albicastrense foi mesmo uma muralha intransponível da defesa visitante, aparecendo sempre no sítio certo a limpar as jogadas de algum perigo do Caldas.
Nos últimos 15 minutos, o jogo ganhou emoção acrescida. Primeiro foi Marcelo quem proporcionou uma grande defesa a Caio. Na resposta surgiu o caso do jogo. Numa boa triangulação do ataque albicastrense, Thompson surgiu completamente isolado, com Luís Paulo a sair da baliza mas a não conseguir interceptar a bola. Ainda assim, o avançado visitante aparece estatelado no chão, aparentemente tocado pelo guarda-redes caldense, mas o árbitro mandou jogar, num lance que deixou muitas dúvidas.
Pouco depois, o BC Branco ficou perto de marcar. João Vasco serviu de bandeja Daniel Rodriguez, mas o avançado, de frente para a baliza, fez o mais difícil ao rematar por cima.
Percebendo que os visitantes estavam mais perigosos, José Vala mexeu no seu xadrez para lhe dar maior robustez defensiva e foi desta forma que o nulo se arrastou até ao apito final, num resultado que acabou por agradar a nenhuma das equipas.|

Caldas SC 0
Luís Paulo, Juvenal, Militão, Rui Almeida, Cascão, Paulo Inácio, André Simões, Luís Farinha (Pedro Gaio, 82′), Ednilson (Passuco, 88′), Hugo Neto (Marcelo, 73′), Rafael Silveira.
Não jogaram: Rui Oliveira, Nuno Januário, André Santos, Bernardo.
Treinador: José Vala.

SB Castelo Branco 0
André Caio, André Cunha, Diogo Costa, Pedro Eira, Zezinho, Silla, Babia Issouf, Rafael Pinto (Thompson, 73′), Daniel Rodriguez (Leandro Melo, 82′), Jordão (Ailson, 60′), João Vasco.
Não jogaram: Gonçalo Nunes, Francisco Caetano, Pedro Almeida, Diogo Nunes.
Treinador: Sérgio Gaminha.

Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Miguel Nogueira (AF Lisboa). Assistentes: Manuel Gomes e Daniel Farinha.
Disciplina: Amarelo a Silla (34′), Zezinho (37′), André Simões (43′), André Cunha (71′).

Texto: Renato Santos – Diário de Leiria
Foto: Joel Ribeiro – Gazeta das Caldas