Jorge Esteves de Carvalho pediu a demissão da presidência do Ginásio Clube de Alcobaça, isto depois de o economista e antigo dirigente do CSD/PP de Alcobaça ter sido empossado na liderança o clube há pouco mais de um mês.
A decisão foi tomada após a reunião de direcção que teve lugar na noite de terça-feira, em que 11 dos 13 elementos que a compõem seguiram o mesmo caminho do presidente.
“Pedi a demissão por perda de confiança em alguns elementos da direcção, nomeadamente dois vice-presidentes que tiveram actos praticados na gestão do clube com impacto na actualidade do clube e outras situações com as quais não posso pactuar”, referiu Jorge Esteves de Carvalho sem querer alongar-se muito em explicações, tendo em conta que o pedido de demissão para o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Alberto Vieira, só será enviado hoje.
Apesar de tudo, o responsável garante que o clube não cairá num vazio directivo com a actual direcção a garantir a gestão corrente do Ginásio de Alcobaça até à marcação de novas eleições. “O meu estado de espírito não me dá condições para continuar à frente do Ginásio, nem equacionar um regresso. O que posso garantir é que tudo faremos para que a transição seja o mais pacifica possível”, salientou, confessando ainda que esta decisão foi “muito penosa”.
Empossado como presidente do clube a 25 de Julho de 2014, Jorge Esteves de Carvalho esteve pouco tempo na liderança do Ginásio e na hora da despedida admite que sai “triste com algumas pessoas”, frisando, contudo, que o Ginásio tem futuro não só pelo seu “historial”, mas também pelo “número de sócios”, acreditando que o clube encontrará as “pessoas adequadas” para desenvolver um bom trabalho.
Relvado sintético ainda é uma incógnita
Depois de nos últimos anos o relvado natural do Estádio Municipal de Alcobaça se ter apresentado num estado muito degradado, no limiar do impraticável, a autarquia e o clube decidiram implementar um relvado sintético, mas o processo sofreu entraves que levaram à paralização das obras.
“Estive com a empresa que irá colocar o sintético e na terça-feira houve um recomeço de obras que será para continuar”, revelou o presidente demissionário, explicando que os atrasos nas obras se deve a questões burocráticas com a autarquia e a falta de assinatura do contrato para a construção do sintético. Até lá, as equipas do Ginásio de Alcobaça vão utilizando campos vizinhos para poder treinar, como é o caso do sintético de Alfeizerão ou o pelado do Bárrio.
José Roque – Diário de Leiria