O GRAP recebeu na quarta-feira o SL Benfica em jogo relativo ao campeonato nacional de Juvenis, com os encarnados a ‘cilindrarem’ a formação dos Pousos por 0-7.

Num autêntico jogo de David contra Golias, a equipa orientada de Eduardo Manaça teve o mérito de adiar ao máximo o primeiro golo do Benfica, uma resistência que durou 30 minutos fruto de uma defesa organizada e agressiva nas marcações.

Nesse período, apesar do domínio do Benfica que chegou a enviar uma bola à barra por Fábio Jorge, foi o GRAP quem dispôs das melhores situações. Primeiro num livre directo que obrigou o guarda-redes Daniel a aplicar-se e depois numa jogada de contra-ataque em que Miguel Oliveira isolou Pedro Rodrigues que rematou à entrada da área para nova defesa apertada de Daniel.

Aos 29 minutos, surgiu o caso do jogo após uma excelente jogada de combinação do GRAP com Wilson a ficar isolado, mas na altura do remate, o médio foi puxado por um adversário com o árbitro a deixar passar em claro. Um lance que poderia ter mudado o figurino do jogo.

Acossado com o atrevimento do GRAP, o Benfica chegou pouco depois ao golo por José Gomes que trabalhou bem na área, abrindo o activo num remate sem hipóteses. Pouco depois, num cruzamento largo para a área, a defesa do GRAP não foi lesta em afastar o perigo e Fábio Jorge aproveitou para rematar cruzado para o 0-2.

Se na primeira parte o GRAP ainda conseguiu dar um ar da sua graça, o segundo tempo foi inteiramente dominado pelos encarnados, com a formação dos Pousos a cair muito em termos anímicos e a deixar de ter capacidade para chegar junto da baliza visitante. Depois do Benfica ter ameaçado com um remate ao poste de Fábio Jorge, foi Jorge Pereira quem fez o 0-3 na sequência de um pontapé de canto.

A partir daqui, os golos começaram a aparecer em catadupa para os encarnados, com Fábio Jorge a fazer o 0-4 após boa jogada de envolvimento do ataque, e logo de seguida, foi Tiago Dias a aproveitar um ressalto na área para aumentar a contenda.

Já perto do apito final, o Benfica marcou mais dois golos, primeiro numa jogada de contra-ataque bem aproveitada por Bruno Lourenço e, depois, num remate de longa distância de João Tavares a fixar o resultado em 0-7.

Resultado que não merece a mínima contestação, apesar de o GRAP ter rubricado uma primeira parte de bom nível justificando pelo menos o golo de honra, num jogo com arbitragem do trio de Santarém ‘trapalhona’ e manchada pelo lance descrito.

 

GRAP        0

Hugo Neto, Miguel Oliveira, Marcos Gomes, Buno Xavier, Francisco Pinto, João Lopes, Wilson, Dário, Rodrigo Mendes (Zé Santoa, int.), Francisco Conceição (Marcelo, 60’), Pedro Rodrigues (Rodrigo Costa, 50’).

Não jogaram: Renato, Francisco Faustino, Bruno, Ruivo.

Treinador: Eduardo Manaça.

SL Benfica     7

Daniel, Pedro Pereira (Mateus Clemente), Nuno Gonçalves, João Silva, Ricardo Mangas (Marcelo, 68’), Jorge Pereira, Ricardo Araújo (Tiago Dias, 52’), João tavares, Bruno Lourenço, José Gomes, Fábio Jorge.

Não jogaram: Diogo Cabral, André Sousa, Rafael Pinto.

Treinador: Renato Paiva.

Campo da Charneca, Pousos

Árbitro: Jorge Ladeiras (Santarém).

Auxiliares: Edgar Duarte e José Costa.

Espectadores: 300.

Ao intervalo: 0-2.

Golos: 0-1 José Gomes (30’), 0-2 Fábio Jorge (34’), 0-3 Jorge Pereira (55’), 0-4 Fábio Jorge (64’), 0-5 Tiago Dias (66’), 0-6 Bruno Lourenço (75’), 0-7 João Tavares (76’).

Disciplina: cartão amarelo a Marcos Gomes (80+2’), Mateus (80+3’).

José Roque – Diário de Leiria