A UD Leiria segue em frente na Taça de Portugal depois de ter eliminado o Portimonense, da II Liga, num jogo que só ficou decidido através das grandes penalidades (4-3), após o 2-2 no tempo regulamentar. O triunfo acaba por se ajustar aos leirienses que mostraram uma organização defensiva e um atrevimento ofensivo que acabou por surpreender os algarvios.

No regresso de Vítor Oliveira a Leiria, o técnico aproveitou para fazer rodar o seu plantel, mas, ainda assim, o jogo começou com natural domínio do Portimonense que tentava encontrar o caminho para a área leiriense através de ataques organizados no sentido de contrariar a teia defensiva montada por Nuno Kata.

Contudo, foi preciso esperar 28 minutos para se ver uma situação de perigo e ela pertenceu à UD Leiria quando Pepo serviu de forma perfeita André Azevedo com o avançado, em excelente posição, a rematar à figura de Léo. Pouco mais de viu num primeiro tempo, com raríssimas ocasiões de golo.

Na segunda parte, foi a UD Leiria quem começou melhor com Ernest a deixar o primeiro aviso com um remate à entrada da área que passou por cima do alvo. Em termos ofensivos, o Portimonense começou a dar uma ar da sua graça através de Luis Zambujo com um remate cruzado que passou por cima da barra.

Com a equipa da casa mais atrevida a nível ofensivo, a turma de Leiria foi premiada com um golo na sequência de um canto de Pepo em que Benny aproveitou a confusão na área para atirar a contar.

A UD Leiria ‘cresceu’ com o golo e André Azevedo, após uma sucessão de ressaltos, esteve perto de dilatar a vantagem, mas a defensiva algarvia limpou o lance.

A ver a apatia da sua equipa, Vitor Oliveira fez duas mexidas no seu xadrez e Ewerton, dois minutos depois de ter entrado, tirou da cartola um remate do meio da rua, sem hipóteses para Wilson, restabelecendo a igualdade.

A partir daqui, pensavasse que o Portimonense iria ‘carregar’ para seguir em frente na competição, mas foi a UD Leiria quem chegou à vantagem após uma excelente jogada de combinação, com Ernest a aproveitar um ressalto a uma primeira defesa de Léo para atirar para a baliza deserta.

O Portimonense respondeu de imediato e pelo homem do costume, com Ewerton a tentar de novo a longa distância com a bola a passar muito perto do poste. E foi já em cima do minuto 90 que o Portimonense levou o jogo para o prolongamento quando Manafá cruzou rasteio com Bruno Tabata a encostar ao segundo poste para o 2-2. Um autêntico balde de água fria para os muitos adeptos unionistas.

Na primeira parte do prolongamento, a UD Leiria pareceu acusar algum cansaço, com os algarvios a aproveitarem para intensificar a pressão. Ainda assim, o melhor que fizeram foi um remate em arco de Manafá que embateu na barra e Tabata, na recarga, viu Wilson fazer uma grande defesa.

O guarda-redes da UD Leiria voltou a estar em destaque no segundo tempo do prolongamento, quando Manafá primeiro e Luis Zambujo depois, estiveram perto do golo.
Com o empate a persistir, foi preciso recorrer às grandes penalidades e, aí, a UD Leiria foi mais feliz com Afonso Caetano a carimbar a passagem da UD Leiria à fase seguinte da prova.|

UD Leiria 2*
Wilson, Filipe Brigues (c), Benny, Tomas Rukas, Kaká, Tony Correia, Fábio Pereira, Pepo (João Coimbra, 100′), André Azevedo (Afonso Caetano, 67′), Ernest, Jorginho (Serge Kevyn, 79′).
Não jogaram: Nikolai, Denis, Calila, Amessan.
Treinador: Nuno Kata.

Portimonense SC 2
Léo, Arrondel, Ivo Nicolau (c), Fidelis Irhene, Edward Sarpong (Lumor, 81′), Pedro Sá, Gustavo (Ewerton, 67′), Chidera (Bruno Tabata, 67′), Ryuki, Manafá, Luis Zambujo.
Não jogaram: Carlos Henriques, Lucas, Ricardo Pessoa, Buba.
Treinador: Vitor Oliveira.

Campo da Mata, Santa Eufémia
Árbitro: Tiago Antunes (Coimbra). Auxiliares: Rodolfo Esteves e Silvino Patrão.
Espectadores: 300. Ao intervalo: 0-0.
Golos: 1-0 Benny (54′), 1-1 Ewerton (69′), 2-1 Ernest (84′), 2-2 Bruno Tabata (89′).
Disciplina: Amarelo a Gustavo (64′).
* 4-3 nas grandes penalidades: 0-1 Ivo Nicolau, 1-1 Kevyn, 1-2 Ryuki, 2-2 Tomas Rukas, Ewerton (falhou), 3-2 Benny, 3-3 Pedro Sá, Kaká (falhou), Lumor (falhou), 4-3 Afonso Caetano.

Texto: José Roque – Diário de Leiria
Foto: Luis Filipe Coito