O Marinhense não conseguiu levar de vencida o Alverca, continuando a denotar preocupantes fragilidades ofensivas. Foi desta forma que a equipa da Marinha Grande voltou a sofrer novo desaire por 0-2, num jogo tirado a papel químico do anterior.

O Marinhense entrou na partida a perder, na sequência de um contra-ataque apenas parado com o derrube de Runylson em falta. Chamado a converter o livre, o mesmo jogador bateu a bola para trás da apática defesa do Marinhense que deixou Tiago Teixeira na cara do guarda-redes para abrir o marcador.

Os pupilos de Rui Bandeira partiram atrás do prejuízo e, contando com os médios Marcelo e Tomás que davam fulgor ao miolo do terreno e retiravam espaço de manobra aos ribatejanos.

A subir de rendimento ao longo do desafio, o Marinhense podia ter chegado ao golo. Primeiro através de Edgar que, dentro da área, sobre a esquerda, rematou a rasar o poste. Logo a seguir, foi Botas que surgiu na área em boa posição e, pela segunda vez, livre de marcação, não teve clarividência para fazer o golo.

Face ao futebol sustentado que vinha a ser praticado pela equipa da casa, o optou pelas bolas metidas em profundidade, mas caía sucessivamente no fora-de-jogo.

Como quem não marca sofre, no reatamento, o Marinhense ofereceu de forma displicente o segundo golo ao adversário: uma falha em zona proibida, em que a bola sobrou para Runylson que, sem qualquer oposição, não perdoou.

O técnico Rui Bandeira reagiu de imediato na tentativa de encontrar soluções para materializar o seu ascendente, mas, nesta fase do jogo, a falta de inspiração da equipa era a antítese dos processos simples e das jogadas de contra-ataque rápido do Alverca.

A este nível exigia-se outra dinâmica ofensiva que só voltou a surgiu nos últimos 20 minutos, quando completadas as substituições, a equipa vidreira se tornou mais agressiva e com renovada personalidade. Nesta fase voltou a chegar com mais regularidade à baliza contrária e terminou a partida ’em cima do adversário’, criando sucessivos lances de perigo.

A equipa de arbitragem, fez um excelente trabalho.|

AC Marinhense 0
Jorge Francisco, João Teles (Coelho, 60’), José Miguel (c), Dilan, Isaac (António, 60’), Botas, Marcelo, Ricardo, Vítor Duarte, Edgar(Pedro Rodrigues, 71’), Tomás. Não jogaram: Carpinteiro, Penela; Luís, João Francisco.
Treinador: Rui Bandeira.

FC Alverca 2
André, António Sá, João Pessoa, Hugo, Rodrigo, Ricardo Apolinário, Cláudio, Runylson, Tiago Teixeira (Francisco, 41’), Tiago Cabecinha (Bruno, 80’), João Ricardo. Não jogaram: Luciano, João Trindade, Bacalhau, Pedro, Tiago Jesus.
Treinador: Tiago António.

Campo da Portela, Marinha Grande
Árbitro: João Branco (Ponta Delgada). Auxiliares: Márcio Almeida e Sérgio Costa.
Espectadores: 100. Ao intervalo: 0-1.
Golos: 0-1 Tiago Teixeira (6’), 0-2 Runylson (51’).
Disciplina: Amarelo a Cláudio (75’), Botas (89’), Bruno Teixeira (90+4’).

Texto: Paulo Daniel – Diário de Leiria
Foto: Paula Marina