Um jogo como aquele que se verificou na tarde de ontem entre a UD Leiria e o Benfica e Castelo Branco é um ‘pesadelo’ para qualquer cronista, tendo em conta que foram raros os lances de perigo que merecessem ser descritos. Por isso mesmo, o nulo diz bem aquilo que foi o jogo: uma nulidade tanto na qualidade do futebol praticado como nas oportunidades de golo criadas.
O jogo até começou por dar sinais contrários ao marasmo com que as equipas presentearam o pouco público presente, já que a UD Leiria entrou pressionante e a dominar por completo a partida. Apesar do domínio territorial, os leirienses não conseguiram criar reais situações de perigo.
Paulatinamente, os albicastrenses foram equilibrando o jogo e depois de um período muito disputado a meio-campo, eis que a partida animou, com os visitantes a criarem duas boas ocasiões para marcar. Primeiro, após cruzamento de João Ventura, em que Anílton Júnior cortou o lance levando a bola a embater na barra da sua própria baliza. Depois, na sequência do canto, foi Ricardo Pires quem cabeceou para defesa por instinto de Ricardo Neves.
Na resposta, a UD Leiria podia ter-se adiantado no marcador num lance de contra-ataque em que Ernest surgiu isolado, mas o avançado falhou o remate e fez um autêntico passe a Miguel Lázaro, quando podia ter feito bem melhor.
Pedia-se mais, muito mais na segunda parte, mas as equipas deram menos, muito menos. Mesmo com a entrada de Pepo para o lugar de Éder Diego ao intervalo por lesão do brasileiro, a toada de jogo não se alterou.
Ainda assim, a UD Leiria voltou a começar melhor com Pepo a proporcionar uma boa defesa a Miguel Lázaro após a cobrança de um livre lateral. Pensava-se que estaria dado o mote para uma etapa complementar bem mais interessante, mas foi puro engano, já que as equipas caíram ainda mais de produção.
Do lado da UD Leiria, Ernest era o único que conseguia criar desequilíbrios através da sua velocidade, mas o avançado nunca teve o discernimento nem a pontaria necessárias para poder inaugurar o marcador. Do outro lado, os albicastrenses faziam-se notar sobretudo nas tarefas defensivas, com Benny (ex-UD Leiria), nesse capítulo, a mostrar-se imperial.
O jogo foi-se então arrastando para o final, com as equipas a mostrarem-se resignadas com o empate.
Arbitragem muito positiva do trio de Aveiro.|
UD Leiria 0
Ricardo Neves, Nikolaesh, Anilton Junior (c), Tony Correia, Kaká, Maksim, João Coimbra, Éder Diego (Pepo, int.), Filipe Brigues, Hernâni Borges (Rukas, 73′) (Afonso Caetano, 82′), Ernest.
Não jogaram: Wilson, Denis, João Morgado, João Silva.
Treinador: Rui Amorim.
Benfica C. Branco 0
Miguel Lázaro,, André Cunha, Benny Silvano, Edgar, Tomás, Patas Moreno, Ruben Nogueira (Eduardo Passos, 93′), Dani Matos (c), João Ventura (Calila, 86′), Adriano (Tiago Fernandes, 71′), Ricardo Pires.
Não jogaram: Rúben Alfaiate, Filipe Fernandes, Pedro Almeida, Fábio Pais
Treinador: Ricardo António.
Estádio Municipal de Leiria
Árbitro: Marco Pereira (Aveiro). Assistentes: Jorge Silva e João Henriques.
Espectadores: 100. Ao intervalo: 0-0.
Disciplina: Amarelo a Benny (22′).
Texto: José Roque – Diário de Leiria
Foto: Luis Filipe Coito