O Vieirense foi até aos Pousos vencer o GRAP por 4-1, num jogo em que até começou a perder. A diferença de golos é um castigo demasiado pesado para o GRAP, no entanto a vitória do Vieirense não merece qualquer contestação e premeia a estratégia e a humildade da equipa de Armindo Lucas.
A jogar em casa o GRAP entrou mais forte e conseguiu um golo madrugador através da marcação de um pontapé de canto batido por Tomás Tavares, ao qual Diogo Frias respondeu com um cabeceamento irrepreensível.
Assim, a entrar no jogo a ganhar, esperava-se o domínio do GRAP mas, curiosamente, o golo sofrido despertou a turma da Vieira. Desta forma, as equipas promoveram um futebol de ataque, abriram espaços e sucederam-se as oportunidades para os dois lados pelo que se adivinhavam mais golos.
Ainda antes do primeiro quarto de hora, Hugo Ribeiro desferiu um tiro do meio da rua e restabeleceu a igualdade. Três minutos depois, Filipe Varela entrou pela esquerda e, em ângulo difícil, obteve um golo de belo efeito que consumou a reviravolta.
Face ao jogo mais técnico e rendilhado do GRAP, os forasteiros respondiam com um futebol directo e em velocidade, que por várias vezes apanhou a equipa dos Pousos em contra-pé. Mesmo assim o os pupilos de Miguel Xavier nunca baixaram os braços nem perderam o faro pelo golo, mas o resultado premiava a equipa mais eficaz.
Enquanto do lado do GRAP Rodrigo Pires acumulava oportunidades, a equipa da Vieira de Leiria concretizava-as e, antes do regresso às cabines, Hugo Ribeiro bisou. Solto no lado esquerdo, tirou Afonso Veiga da sua frente e, na cara de João Paulino, desferiu um remate colocado com que ampliou o resultado.
Na segunda parte o encontro continuou dividido e muito disputado. Num terreno pesado sobressaiu, a espaços, o maior poderio físico do GRAP. Contudo, os homens da Vieira mantiveram o seu desenho tático e foram muito agressivos defensivamente. Desta forma, anularam as investidas da equipa dos Pousos e, simultaneamente, levavam muito perigo à baliza adversária em jogadas de contra-ataque. Chegaram várias vezes ao último reduto do GRAP em superioridade numérica e, mesmo em cima do apito final, Pedro Bernarda, dentro da área, serviu João Ribeiro que escolheu o lado e ampliou o resultado final em 1-4.
O árbitro, bem auxiliado, efectuou um trabalho sereno e não teve qualquer influência no resultado. |

GRAP 1
João Paulino, Pedro Fonseca (Rodolfo Duro, 60′), Afonso Veiga, David Brites (c), Diogo Filipe, Diogo Frias, Tomás Tavares (Gonçalo Gomes, 65′), Duarte Ponte (Pedro Manso, 60′), Bruno Pereira, Fred Lisboa e Rodrigo Pires.
Não jogaram: Pedro Mota, Guilherme Dias, Filipe Casal, e Tiago Susano.
Treinador: Miguel Xavier.

ID Vieirense 4
Leandro Rosa (c), Diogo Sousa, Fábio Pedrosa, Filipe Ferreira, Filipe Varela, Hugo Ribeiro (Laudin, 90+2′), João Ribeiro (Tiago Coelho, 65′), José Nunes, Miguel Dinis, Pedro Bernarda (Filipe Santos, 90+2′) e Rodrigo Fernandes.
Não jogaram: André Ramos, Miguel Andrade e Tomás Fernandes
Treinador: Armindo F. Lucas.

Campo da Charneca, nos Pousos
Árbitro: José Agostinho. Assistentes: Marco Marques e Ricardo Nobre.
Espectadores: 140. Ao intervalo: 1-3.
Golos: 1-0 Diogo Frias (4′), 1-1 Hugo Ribeiro (15′), 1-2 Filipe Varela (18′), 1-3 Hugo Ribeiro (31′), 1-4 João Ribeiro (86′).
Disciplina: Amarelo a Rodrigo Fernandes (16′), Filipe Varela (43′), Miguel Dinis (62′), Pedro Bernarda (74′), David Brites (89′).

Texto e foto: Paulo Rodrigues – Diário de Leiria