A Boavista recebeu e venceu o Mirense pela margem mínima (3-2), mas suficiente para deixar o seu adversário numa situação complicada na tabela classificativa, numa partida em que os serranos estiveram em vantagem mas não a souberam aproveitar, assim como a vantagem numérica nos 20 minutos finais.
Cedo o Mirense tomou conta do jogo, com maior posse de bola e domínio sobre o seu opositor e, foi sem surpresa que chegou ao golo numa bela jogada de combinação, com Rafael Matias a solicitar Tiago Lúzio na direita e este a endossar o esférico para o mesmo Rafael Matias que, de primeira, atirou a contar para o 0-1.
Após o tento obtido, a Boavista operou ligeira reacção, equilibrando a contenta, mas com muita disputa de bola no meio-campo, rarearam as oportunidades de golo, com excepção de um lance protagonizado por Mosca, num grande remate para a defesa da tarde de Nuno Caetano.
Na segunda parte, os donos da casa vieram com outra disposição, com mais entrega ao jogo, mas foram os forasteiros a terem as primeiras ‘chances’ de perigo, com Kiko por duas vezes a estar perto do golo, mas em ambas as situações pecou na finalização.
Já diz o ditado que quem não marca sofre, e foram os boavisteiros a chegar ao golo através de Ari que, à entrada da área, encheu o pé para um grande golo, sem hipóteses de defesa.
Empolgados com o tento obtido, os anfitriões cresceram no desafio e Celso Pereira esteve perto de desfazer a igualdade numa bela incursão pela esquerda, mas Nuno Caetano opôs-se superiormente.
No minuto seguinte, surgiu o 2-1. Excelente cruzamento de Lukas Fonseca na direita para o segundo poste onde apareceu Tiago Oliveira a cabecear para o 2-1.
Os últimos 20 minutos foram emotivos, ainda para mais com a expulsão de Tiago Oliveira. Em superioridade numérica, o Mirense chegou ao empate em mais um grande golo com o recém-entrado Igor Marcon a encher o pé para o 2-2. Um resultado que servia as aspirações dos homens de Mira de Aire.
Mas quando poucos esperavam, Ezequiel Justino cometeu grande penalidade sobre Daniel Gregório (o melhor em campo), perante muitos protestos das hostes serranas. Mas indiferente a isso, João Agrella, com classe, converteu da marca dos 11 metros fazendo o 3-2 final.
Até ao término do encontro o Mirense tentou chegar à igualdade, mas já sem o discernimento necessário para o conseguir. Agora a equipa serrana tem dois jogos determinantes para garantirem a permanência, enquanto a Boavista vai só cumprir o calendário.
Boa arbitragem na primeira parte de Jorge Carreira, mas não teve pulso para controlar uma segunda parte quezilenta.|
GDR Boavista 3
Rui Lopes, Daniel Gregório (c), André Amores, Tiago Oliveira, Simão Silva, André Dione (Pedro Roda, 55’), Ari (Wilson Oliveira, 71’), Mosca, Lukas Fonseca (Francisco Reis, 82’), Celso Pereira e João Agrella.
Não jogaram: Palecas, Nuno Filipe, Igor Sousa e Miguel Oliveira.
Treinador: Pedro Nunes.
UR Mirense 2
Nuno Caetano, Gonçalo Alves, Diogo Fonseca, Ezequiel Justino, Diogo Fonseca, Renan Machado, Samuel Tacuara (Testas, 79’), Diogo Caetano (c) (Vlady, 69’), Tiago Lúzio (Igor Marcon, 66’), Rafael Matias, Henrique Canela e Kiko.
Não jogaram: Thallis Mota, Gonçalo Crespo e Ahmed Donga.
Treinador: Cabé.
Campo José Manuel Maria Tavares, na Boa Vista
Árbitro: Jorge Carreira. Assistentes: Tomé Pires e Gonçalo Gomes.
Espectadores: 105. Ao intervalo: 0-1.
Golos: 0-1 Rafael Matias (11’), 1-1 Ari (58’), 2-1 Tiago Oliveira (66’), 2-2 Igor Marcon (75’), 3-2 João Agrella (79’, p.).
Disciplina: Amarelo a Diogo Caetano (34’), Renan Machado (36’), Daniel Gregório (38’), Tiago Oliveira (41’ e 71’), Diogo Fonseca (57’), Nuno Caetano (66’). Vermelho por acumulação a Tiago Oliveira (71’).
Texto e foto: Fábio Osório – Diário de Leiria