Em Santa Eufémia assistiu-se a um jogo ‘rasgadinho’, muito do agrado dos adeptos, com as equipas a apresentarem um futebol de elevada qualidade e de teor predominantemente ofensivo. Inicialmente, o maior ascendente foi da UD Leiria, apesar da pouca objectividade revelada pelo seu ataque, mas foi na segunda metade que a Pelariga chegou com maior facilidade ao último reduto adversário e fez o golo solitário, arrecadando os três pontos.
Pouco preocupadas com o esquema táctico do seu adversário, as equipas entraram soltas na partida e com movimentações rápidas e triangulações criativas, procuravam assumir as despesas do jogo enquanto se multiplicavam as oportunidades.
Durante o primeiro tempo denotou-se uma maior agressividade no futebol praticado pelos pupilos de José Horta. Nesta fase, era a UD Leiria quem apresentava maior ascendente ofensivo e quem esteve mais perto do golo. A subida continuada dos seus centrais nos lances de bola parada criava desequilíbrios e grandes dificuldades ao seu opositor.
Por seu lado, a Pelariga, muito concentrada, trabalhava bem as marcações e, com inteligência, transportava rapidamente o jogo para o meio-campo contrário. Sem nunca tirar os olhos da baliza adversária subia em bloco e acercava-se com intencionalidade da baliza de Tiago Carvalho.
Jogado por jovens, assistia-se à prática de um futebol ‘adulto’, dinâmico e com ‘fair play’. Foi neste contexto que as equipas regressaram das cabines e continuaram a dar espectáculo na segunda parte.
Ao intervalo, Marco Ferreira (Pelariga) substituiu três jogadores de uma assentada, com a particularidade de não ter perdido qualidade no seu onze, refrescou a equipa, manteve a estratégia e ganhou profundidade.
Desta forma, numa jogada simples, dois dos jogadores recém-entrados haviam de fazer o golo: João Tomás furou pela esquerda, foi à linha de fundo e centrou milimetricamente para Tomás Serrano que só teve de encostar.
Na resposta, a UD Leiria arriscou na busca do golo. José Horta lançou na frente de ataque Hugo Miguel e Dinis Silva e voltou a equilibrar a partida. Já na reta final, podia ter chegado o empate quando Francisco Ferreira galgou meio campo, mas desperdiçou na cara do guarda-redes da Pelariga.
Quanto ao trabalho do trio de arbitragem de Lisboa, importa referir que contribui para o espectáculo. Deixou jogar sem recorrer a cartões e não teve qualquer influência no resultado. |
UD Leiria 0
Tiago Carvalho, Ivan Monteiro (André Dinis, 61’), Lourenço Borges, Gonçalo Santos (Afonso Lima, 66’), Guilherme Franco, Rodrigo Marques, Miguel Gomes, Simão Carvalho (c ) (Dinis Silva, 52’), Hugo Almeida (André Martinez, 66’), Francisco Ferreira e Martim Ribeiro (Hugo Miguel, 52’).
Não jogaram: Danilo Carreira e Martim Moreira.
Treinador: José Horta.
GD Pelariga 1
Bruno Rodrigues, Ricardo Vieira (Tomás Serrano, 40’), Gonçalo Martins, Alexandre Santos, Rafael Carreira (c), Rodrigo Rodrigues, Guilherme Simões, Ricardo Vieira (Gabi, 40’) (Simão Simões, 77’), Gustavo Jesus (João Tomás, 40’), Guilherme Martins (João Pereira, 80’+1’), Afonso Santos.
Não jogaram: Martim Neves e Bruno Lisboa.
Treinador: Marco Ferreira.
Campo da Mata, Santa Eufémia
Árbitro: Flávio Lima (AF Lisboa). Assistentes: Vítor Marques e André Dias.
Ao intervalo: 0-0. Espectadores: 100.
Golos: 0-1 Tomás Serrano (48’).
Disciplina: Nada a registar.
Texto e foto: Paulo Daniel – Diário de Leiria