Jogador do Nazarenos foi o mais votado pelos utilizadores do site Remate Digital, que todos os anos destaca os golos mais bonitos dos diversos campeonatos distritais. Avançado, que é treinado pelo pai, sonha com uma carreira como profissional

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Francisco Mota começou o ano de 2020 a todo o gás. A 5 de Janeiro, bisou na goleada do Nazarenos na visita ao Peso (0-6), num jogo em atraso da zona sul da 1ª Divisão distrital da AF Leiria, mas estava longe de imaginar que um desses golos lhe permitiria vencer o prémio Puskás, atribuído pelo site Remate Digital ao melhor golo do ano nos campeonatos distritais.
O jogador nem sequer sabia que ia participar no concurso. “Foi o meu colega, Samuel Lopes, que decidiu enviar dois golos. Um que fiz do meio-campo e o golo que marquei no Peso, em que tirei um defesa do caminho e fiz o chapéu ao guarda-redes”, recorda o avançado, de 21 anos, que até já se tinha “esquecido” do concurso, quando recebeu a mensagem a informá-lo de que era um dos cinco finalistas.


A votação foi renhida, mas o jogador do Nazarenos acabou mesmo por ser o mais votado, com um golo “diferente dos outros”. “Foi quase como se estivesse a brincar na areia”, assume o jogador, que recebeu um apoio público de nomes sonantes como Silas, Fábio Cardoso (Santa Clara) ou Fábio Martins (Famalicão), o que o deixou “orgulhoso” e “algo surpreendido”.
Com 14 golos em 15 jogos, Francisco Mota assinou a melhor época como sénior, fruto de uma mudança de posição determinada pelo… pai. É que o jogador é treinado pelo progenitor há três anos.
“Nas épocas anteriores jogava a extremo e nesta atuei quase sempre a 10 e a 9, que são posições em que me sinto mais confortável. Gosto de defender e trabalhar para a equipa, mas gosto muito de atacar”, assume o jogador, que sonha “com uma carreira de profissional” e, por isso, ainda não decidiu o futuro.
E como é ser treinado pelo pai? “Sei que tenho de dar o exemplo e que tenho de trabalhar muito para jogar. Não é por ser filho dele que vou jogar mais vezes”, descreve o avançado, que procura “não levar para casa problemas do futebol, nem levar para o futebol problemas de casa”.
Quando o campeonato foi parado, o Nazarenos era 4º da zona sul, mas tinha um calendário que lhe permitia sonhar com a subida à Honra, o que deixou um gosto amargo à temporada. “Ainda tínhamos muito mais para dar, tendo em conta o calendário, íamos receber os adversários directos, mas não há nada a fazer”, remata.

Joaquim Paulo – Gazeta das Caldas