José Roque – Diário de Leiria

O Grupo Recreativo Amigos da Paz (GRAP), dos Pousos, comemora amanhã 80 anos de vida num cenário marcado pela incerteza provocada pela pandemia da covid-19. Por isso mesmo, a direcção do clube decidiu não realizar quaisquer comemorações de aniversário, à excepção de uma missa, amanhã, às 20h00, em memória dos sócios já falecidos, seguindo-se a entrega de uma palma no cemitério.
Apesar do cenário actual, a direcção do GRAP acredita que o futuro passará pela aposta na formação, pelo que gostaria que fosse possível, na próxima época, fazer subir duas ou três das suas equipas da formação aos campeonatos nacionais.
“A nossa principal aposta é mesmo na formação, mas actualmente comemoramos o aniversário num momento de grande incerteza. Os atletas querem todos voltar mas as respostas não incertas e não está nada definido sobre o que vai acontecer”, sublinhou o presidente da direcção, Manuel da Ponte.
Ainda em relação ao futuro, o dirigente diz que o clube está “a trabalhar para que, quem vier a seguir, encontre o GRAP melhor em relação ao que estava”. “Objectivo é sempre melhorar, e isso passa por ter mais e melhores atletas, termos melhores condições, nomeadamente na aposta que estamos a fazer no departamento médico”, explicou.
A comemoração dos 80 anos coincide com outro marco histórico do clube, já que o GRAP irá marcar presente pela primeira vez na sua história numa competição nacional em seniores. “A subida é uma recompensa de todo o trabalho realizado. Era um objectivo já de alguns anos de muitos sócios. Conseguiu-se e coincidiu com os 80 anos, pelo que foi uma conjugação perfeita”, contou Manuel da Ponte.
Para o dirigente, os 80 anos do GRAP representam “um marco do esforço de todos aqueles que contribuíram para que o clube chegasse até aqui”, acrescentando que “é sinónimo da força que o GRAP teve para superar tudo”.
Ao nível de infra-estruturas, o emblema que tem três modalidades em competição (futebol, futsal e futebol de praia) está a apostar na remodelação da sua sede que assim “terá outra dignidade” e que poderá ser “usufruída pelos atletas”, algo que “não estava a acontecer até aqui”.
“Vai ser um ponto de encontro de adeptos e jogadores”, concluiu Manuel da Ponte.|