O Clube Desportivo “Os Nazarenos”, bem como os seus presidente, João Zarro, foram absolvidos dos crimes de tráfico de pessoas e auxílio à emigração ilegal de que foram acusados pelo Ministério Público. O juiz de Leiria condenou dois empresários que traziam atletas brasileiros e peruanos para Portugal.
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O presidente e o clube foram acusados de, juntamente com dois empresários, ter gizado plano para “obter proventos económicos através do aliciamento de jogadores de futebol”. Mas os juízes entenderam não ter sido produzida prova quanto à culpabilidade de João Zarro e do respetivo clube.
Já quanto aos dois empresários desportivos, Mauriti Cardoso e Anderson Cristão, o coletivo entendeu condená-los por 13 crimes de auxílio à emigração ilegal. Mauriti Cardoso nunca compareceu em tribunal e foi condenado à revelia.
Os factos aconteceram entre março e abril de 2018. Os dois empresários terão abordado jogadores no Brasil e Peru “prometendo-lhes boas condições de trabalho, de alojamento, de alimentação”, assim como o tratamento das questões logísticas da transferência internacional e a legalização em Portugal, “a assinatura de um contrato de trabalho e um bom salário, com a promessa de uma transferência para outros clubes de maior importância a nível nacional e internacional”.
Porém as condições prometidas não eram cumpridas e uma operação do SEF permitiu revelar as condições em que os atletas viviam e foram trazidos para Portugal.
O Ministério Público contabilizou 17 atletas, mas os crimes apenas foram dados como provados para 13 futebolistas.
in Jornal de Notícias