1.ª Divisão Distrital – Treinador do GDRC Unidos ia celebrar o golo que deu o 2-0 frente ao ARECO/Coto, mas uma rotura do tendão de Aquiles estragou o momento.

Corria o minuto 67 do jogo entre o GDRC Unidos e o Areco Coto, em Casal dos Claros, Amor, a contar para a 1.ª divisão distrital de Leiria, quando o avançado Ilídio Nogueira fez o 2-0 para a equipa do concelho de Leiria, o que provocou uma explosão de alegria nas hostes locais, entre eles o técnico Pisco Fernandes que quando se preparava para festejar efusivamente viu o momento ser estragado por uma lesão grave que o vai obrigar a estar de fora dos relvados entre 8 a 12 meses.
“Quando o nosso jogador fez o 2-0, a minha reação foi dar um salto, mas ouvi um estalo e senti logo que tinha partido alguma coisa. Deixei de sentir o pé e mais tarde é que me disseram que tinha fraturado o tendão de Aquiles”, contou Armindo Fernandes, treinador do GDRC Unidos, mais conhecido no mundo do futebol por Pisco, que tão cedo não vai esquecer aquele jogo disputado a 8 de dezembro.
O técnico admite que o momento da lesão, que o próprio apelida de “estranho” e “ridículo”, o deixou “dececionado”, “triste” e “bastante combalido”, não só pelas dores que provocou mas principalmente porque o vai impedir de fazer aquilo que mais gosta por um longo período de tempo. “Se me tivesse lesionado a jogar futebol ainda percebia, mas da forma como foi é ridículo. Comemorei o golo como sempre o faço. Agora vou tentar encarar isto como algo que me vai fortalecer”, refere Pisco
Fernandes, contando ao Diário de Leiria que enquanto jogador (fez carreira no Vieirense) o máximo de ‘chatices’ que teve foi com lesões musculares: “Nunca sofri lesões graves. Teve de ser agora”.
Pisco Fernandes foi entretanto operado à lesão e pela frente terá muitas sessões de fisioterapia, mas ainda assim
o ‘bichinho’ do futebol não o larga e continua a estar com a equipa sempre que possível. “Apesar de estar ausente do treino, tudo ainda passa por mim. Faço videochamadas com os jogadores e tento deixar tudo organizado para ajudar ao máximo o trabalho dos treinadores adjuntos”, conta Pisco Fernandes, admitindo que “é muito duro não estar com a equipa”. “Custa-me
muito não estar presente”, lamentou.
Ainda assim, sempre que pode, o técnico acompanha os jogos da sua equipa. “Tenho tentado ir aos jogos, ir ao balneário, mas sempre muito condicionado. Tenho feito esse esforço porque também me faz bem, até para poder sair de casa um bocado”, gracejou o treinador de 51 anos.

Jogo prosseguiu
Para além de lamentar a lesão grave, Pisco Fernandes recorda ainda com alguma mágoa o facto de o árbitro da partida não ter tido “o bom senso” de parar o jogo. “Acho que a equipa de arbitragem não teve uma atitude correta. Tudo aconteceu junto ao banco de suplentes, com o jogo sempre a decorrer. Os meus jogadores estavam mais preocupados comigo do que com o próprio
jogo”, contou.
Para a história ficou a vitória para o campeonato do GDRC Unidos, por 2-0, e um episódio insólito que Pisco Fernandes tão cedo não esquecerá.

José Roque – Diário de Leiria